Chegou ao fim o ciclo Loanda. Após 1 ano e 1 mês respirando os ares rurais do extremo noroeste paranaense, eis que a decisão foi tomada: Weslley agora é definitivamente servidor da APS Astorga (o processo de remoção se iniciou em dezembro de 2012, época em que eu me inscrevi para ser removido).
Sinceramente, eu não queria ir agora. Eu já sabia que isso ia acontecer, uma vez que eu fui o único candidato homologado no processo de remoção; mas esperava ao menos terminar o ano de 2013 na APS Loanda, principalmente pelas circunstâncias específicas da agência local, como servidores cedidos, viajando ou de férias, e a demanda local aumentar a cada dia. Mas não deu pra segurar mais, e tive que deixar esse povo bacana que trabalha e mora lá.
Esse ano que passei longe de Maringá foi alucinante. Ficaria horas contando tudo que passei lá [e ainda omitiria muuitas coisas rs]. Cada dia estressante [ou não] no trabalho, cada saída com o pessoal do serviço, no Crusco's Espetinhos, Pizzaria Bora Bora, festinhas na casa da Denise rs, etc, e claro, nossos passeios memoráveis no Porto Rico *-*. Ainda, os cultos na Ig. Avivamento Bíblico e o pessoal massa de lá, com nossas idas ao cachorrão da Martinha, os xurras na igreja e na minha casa #SobradoVerde, o memorável acampa de Terra Rica, as duas edições da Noite da Nutella, e tantas outras coisas. A natação, o pilates e as corridas no Centro Social também completaram positivamente meus dias.
O que dizer da busca incessante pelo por-do-sol? Vários cliques em Loanda, Santa Isabel do Ivaí, Porto Rico, Santa Cruz de Monte Castelo, São Pedro do Paraná. A sensação de liberdade era incrível! Era só pegar o carro, seguir pela rodovia, e buscar um lugar legal. Preferencialmente deserto. Acompanhado [rs] ou não. Em cinco minutos já saía da cidade, sem trânsito, sem problemas, sem burocracia. Ahhhh :)
Quantas sensações diferentes nesta cidade! Momentos de alegria, de liberdade.. outros de raiva e saudosismo. Amor. Paz. Descobertas. Solidão muitíssimas vezes, aos fins de semana, principalmente... mas não quero me deter nos sentimentos negativos. Poderia citar os perrengues passados nos primeiros meses, quando vínhamos de ônibus ou de carona. Mas, na real, foi engraçado. Hoje dou risada, e lembro sem pesar. Poderia também ter me esforçado mais em muitas coisas. Mas, enfim, aconteceu como aconteceu. O melhor de tudo lá, foi que eu me permiti ser feliz, ser eu mesmo [ou buscar pelo meu eu-mesmo], sem barreiras, sem limitações, sem medo das críticas, da pressão social, do olhar atento dos conhecidos, que esperam sempre pelos nossos erros ou acertos. Não me preocupei, apenas.
Mas é isso. Me despeço assim daqueles ares rurais (nessa parte, vai um "Viva!" rs), daquele cheiro de sítio que vinha muitas vezes pela janela, daquele povo simples e provinciano, daquele trânsito pacífico e muitas vezes ausente, daqueles belos cenários para ver o sol se por, de amigos que levarei pra sempre em meu coração, de pessoas que me marcaram pra toda a vida... posso dizer que foi intensamente cativado, nem tanto pelo lugar, mas pela família que encontrei naquele lugar.
Não pensei que seria assim, mas foi difícil me despedir. E está sendo, está doendo. Um misto de sentimentos paradoxais, um contraste de reações. É legal voltar, mas não é legal renunciar a uma vida já arquitetada ali. Mas creio que logo as coisas vão se ajeitar aqui [dentro de mim]. Enfim....
Obrigado por tudo pessoal. Obrigado mesmo.
Agora, #partiu descobrir o que Astorga tem... rs.