30 de mar. de 2011

Roubos forçam câmpus a ter mais vigilância


Um estudante de Direito da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi vítima de um assalto dentro do câmpus na noite da última segunda-feira. Ele ficou cerca de cinco horas em poder dos criminosos e teve o carro roubado. O caso evidenciou mais uma vez a fragilidade da segurança em algumas universidades públicas do estado. 

Na UEM, pelo menos dez aparelhos datashow e sete computadores foram roubados entre 2006 e 2010. Mochilas, aparelhos de som automotivo e retrovisores são alvos constantes dos ladrões. Segundo o chefe da Divisão de Vigilância da instituição, José Soares, a universidade tem poucos vigilantes. “São 110 seguranças que se revezam em três turnos para atender uma área de 40 alqueires. Temos um movimento diário de quase 30 mil pessoas em um câmpus extenso, ou seja, não temos controle de todos que entram na UEM”, explicou.

O assalto ao estudante ocorreu no estacionamento da universidade, mas a ação dos bandidos não foi registrada pelas câmeras, o que revoltou o pai da vítima, o ex-prefeito de Maringá Willy Taguchi. “As câmeras de­­viam cuidar de gente e não só de carros”, disse. 

O prefeito do câmpus, Igor Botelho Valques, informou que há um projeto para instalar uma central de monitoramento. Hoje, a UEM tem cerca de 300 aparelhos para captar imagens. “O ideal seria 1,5 mil câmeras para os cerca de 40 blocos”, afirmou. Se­­gundo ele, a UEM estuda contratar mais vigias, colocar selos em automóveis e identificar visualmente estudantes e funcionários por meio de crachás com o registro acadêmico.

Câmeras na UEPG


Investimento


O monitoramento das áreas parece ser a melhor saída para combater os casos de roubo. A Univer­­sidade Estadual de Londrina, por exemplo, está investindo cerca de R$ 300 mil em um novo sistema de vigilância. De acordo com o chefe da Divisão de Segurança do câmpus, Flávio de Lima, até o final de abril serão instaladas câmeras com melhor resolução e com infravermelho para imagens noturnas. “Este novo sistema é mais eficiente e permitirá uma melhor visualização do câmpus, que é aberto e grande”, explica Lima, que pretende reduzir casos como o furto de aparelhos de som e celulares. 

Solução semelhante será aplicada no câmpus de Cascavel da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, onde ocorreram vários arrombamentos de automóveis nos últimos meses. Até junho deste ano, a direção pretende instalar sete câmeras com alcance de 500 metros e outras 20, menores, em locais estratégicos. “Vamos esperar o governo liberar as licitações para adquirir os aparelhos”, explicou o diretor-geral do câmpus, Paulo Ségio Wolff.

Na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o sistema de segurança por câmeras de vídeo funciona desde 2008. São 268 câmeras espalhadas em dois câmpus. Segundo o prefeito da unidade de Uvaranas, Ítalo Sergio Grande, apenas cinco ocorrências graves foram registradas desde que o sistema foi instalado. Entre elas, o roubo de equipamentos no valor de R$ 25 mil. “Mesmo em casos como esse, as imagens ajudaram a identificar os criminosos e reaver parte dos equipamentos”. 

Na Universidade Federal do Paraná existem 65 câmeras de monitoramento com um custo mensal de R$ 400 mil, já que o serviço é feito por empresas terceirizadas. “Isso ajudou a diminuir depredações e principalmente a inibir roubos de carros em alguns câmpus”, relata o pró-reitor de Administração da UFPR, Paulo Krüger.

fonte: Gazeta Maringá

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