13 de nov. de 2011

SENSAÇÕES


Enquanto a chuva cai lentamente lá fora
Fico aqui deitado a pensar,
A olhar intensamente para esse infinito de sensações...
Ora para o laranja vibrante da parede protagonista;
Ora para as folhas de cor verde-escuro da jaqueira,
que são sutilmente balançadas pela brisa
quase que perene dessa estação –  fora de estação.

Lá, pouco abaixo da veneziana cor de ouro envelhecido,
Encontra-se aquela mimosa banqueta de madeira,
Fruto de mãos marceneiras cheias de inspiração,
Sabiamente desenhada e maquiada com verniz.
Sobre ela, um comprido copo de cor rosa-choque
Lembrança de outras festas, e que agora
Não passa de peça de decoração. Na verdade, sempre
Esteve fadado a isso: mera alegoria.
Ao seu lado, o tic tac incessante dos ponteiros dourados que,
A despeito de qualquer labirintite, percorrem a face polida
Da rocha verde-petróleo, transformada em utensílio humano.

É o artificial mais o natural. 
Mais o artificial, menos o natural.
O homem sempre muda.
Ou sempre tenta mudar.
E eu continuo olhando, e sentindo...







*Fruto de momento de reflexão com a Bia, 
homenagem a ela.

2 comentários:

Bia Zanqui disse...

Chorei.
*__*

Rayana Camargo. disse...

Muito interessante o seu Blog.
Parabéns, Deus abençoe!

Bom, eu sou novata ainda no Blog, o meu não está tão bonito assim, mas deixo ele aqui como Referência, se quizer fazer uma visita!

http://reticenciasrayana.blogspot.com/

Obrigada!