10 de mar. de 2011

Didatismo por vocação


Há muito tempo, desde o final do ano passado, que eu queria fazer isso. Não é algo muito usual, mas acho que merecido.

Gostaria de usar meu espaço para fazer uma singela homenagem a um profissional muito querido, nosso professor de Processo Penal, Alexandre Ribas de Paulo.

O motivo?

Simplesmente pelo fato de ele ter marcado nossa graduação em Direito com aulas empolgantes, que nos induziam pelos caminhos do saber jurídico. Aulas essas cheias de didática e humor, que nos prendiam até às 23hs na quinta e sexta-feira.


Até hoje nós nos perguntamos: o que leva uma pessoa a ‘abandonar’ (ainda que esse não seja o termo) seu escritório de advocacia e seu magistério na UFSC para vir pra Maringá, lecionar na UEM? O que leva um professor a dizer que as quatro turmas de 4º ano são como 4 filhos seus?


É, interessante não?


Aqui o nosso singelo abraço, de honra e agradecimento por tudo, inclusive pelas aulas aos sábados de manhã, dadas unicamente com o objetivo de ajudar aos graduandos com falhas na grade curricular.

Abaixo, algumas frases memoráveis que ousei anotar durante as aulas. Que tal pensar um pouco nisso??

“O cientista tem que ser humilde pra falar: ‘nós não sabemos’!”

“quando não tiverem nada para fazer, fiquem pensando nisso”

“pegue uma tribo que nunca teve contato com o ser humano”

“qual a nossa função se não resolver o problema dos outros?”

“quero ver o estrago que vou fazer com a minha tese. Tá tudo errado!”

“Acho interessantíssimo a forma como os longobardos tratavam tal assunto”

“Se uma coisa merece ser feita, então ela merece ser bem feita"


alguns alunos do quarto ano/2010


Seja como for’, a gente se vê por aí...

3 comentários:

Anônimo disse...

Adorei a homenagem! Este professor nos deu o ultimo suspiro de esperança de que ainda temos salvação em Direito Penal! Além de aulas, nos ensinou liçoes de vida! Certamente ficará marcada para sempre em nossas lembranças!

burka disse...

Excelente texto

ele realmente marco todo mundo
vai deixar saudades

Anônimo disse...

Meu Deus do Céu!!!

Pensei que o Alexandre tinha sido abduzido por aliens ou evaporado da face da Terra!
Já procurei por ele algumas vezes nas redes sociais, no extinto Orkut e no Facebook... e nada!

Quando eu o conheci??? Estudei com ele no Terceirão em 1993!!!

Alguém fale para ele criar um perfil pessoal ou profissional no Facebook para reencontrar a galera das antigas(muito antigas!).

Grande abraço!