26 de jan. de 2009

Se eu pudesse acabar com tanta diferença...
No final, já nem sei o que nos separa
Talvez o orgulho, o egoísmo
e eu já nem sei se algo nos une...

E já nem sei onde estou, nem onde devo estar
Sei que se eu ficar, parte de mim insatisfeita estará
Se eu não ficar, a insatisfação permanecerá
Não sei se tenho um lugar

E eu já nem sei o que nos une
Tampouco o que nos separa
Só sei que a chave que abre a porta da confusão é uma só: o orgulho

Meu coração já não pode estar completo
Por que não podemos ser apenas um?
Por que tanta discrepância?

Talvez eu até goste de argumentar minha hiposuficiência
Talvez eu tenha algum prazer em me fazer de vítima
Mas assim não seria se eu não tivesse reais motivos

É certo que não há glória nenhuma em se fazer de coitado
Nem teria cabimento eu implorar por uma injeção de serotonina no meu cérebro
Mas às vezes é tudo o que dá vontade de fazer
Ademais, a serotonina não adiantaria
E a utopia viria abaixo quando eu colocasse novamente os pés nessa nefasta realidade


Os Estados Unidos e a União Soviética disputam tanto por nada
Disputam tanto só para se desgastar
E essa guerra fria desgraçada que insiste em insistrir
Insiste em coexistir com a fama do rei!

Essas batalhas que só geram frutos mortíferos
Que só causam desilusão...

Eu já nem sei o que os estadunidenses têm de tão ruim
Nem até onde vai a tirania dos soviéticos
Só sei que isso tudo é uma droga, que a burrice humana é desmedida
e que postergar às vezes é o melhor remédio...

Como uma bola de neve, com chumbo e sangue
Flechas de tenente pra tenente
Cuspes de capitão pra capitão
E os soldados? Estúpidos soldados...
como são idiotas... insistem na arrogância.

Cansei. Só vivo pelo rei.
Nessa esfera maciça de terra e aguá
Meu coração certamente não estará completo
Enquanto esses não derem a mãos

Serotonina por serotonina
Eu recomendaria vergonha na cara
E temor pela realeza!

Ser flexível não significa ser fraco....................









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