26 de mar. de 2009

Memórias me vieram à tona após encontrar-me ontem com uma colega, no ônibus. Perguntei se ela estava brava, por causa da fisionomia fechada... ela disse que não... após alguns minutos de conversa pude entender, e me perguntei como não consegui identificar aquele ar sombrio antes... aquele aspecto de sofrimento... a dor da morte. Como não identifiquei a dor da morte antes em seu rosto?

Não dá pra acreditar que seu namorado (quase noivo) morreu em um acidente de carro há menos de 3 semanas. Vinte e dois anos selados. E eles sempre pegavam ônibus comigo na ida e volta da universidade... ela faz pedagogia, ele cursava matemática... depois de um tempo, ele passou a ter uma moto, e aí eles só vinham de moto... agora ela vai voltar a pegar ônibus, vai ter que refazer sues planos, e deixar 3 anos de planos de lado. "Tudo foi por água a baixo, em 3 segundos".

Essa dor que não se pode descrever... essa dor que todos passamos em algum momento de nossas vidas... essa dor que nos acompanha por meses até que finalmente "cai a ficha". Será que cai mesmo? Demora, mas cai... Nesse período vem aquele questionamento acerca de tudo... vida, circunstâncias, família, amor, Deus... felizes aqueles que não blasfemam, antes se apegam em Deus em busca de respostas, em busca de pelo menos amparo, pois certamente as respostas demorarão a vir (ou não!)... então a gente força uma mudança de comportamento, forçamos em nós mesmos uma nova maneira de ver as coisas, de tratar as pessoas... pensamos em dizer "eu te amo" a todos, antes que seja tarde demais... no começo é assim, mas depois a gente vai esfriando, se esquecendo... felizes aqueles que mudam suas vidas após algo assim. Felizes aqueles que aprendem com a vida, e não morrem ignorantes. Mas como já diz uma amiga minha, http://www.deusestanocontroledetodasascoisas.com.br/.

Bola pra frente, que atrás vem... a dor, ela vem atrás.

:I

Um comentário:

Pedro J. Souza disse...

Belas palavras, caro Lão. Precisamos entender a vida de uma maneira trágica às vezes.
Outros não entendem, outro nem tentam entender.
Entender o porquê de tanto sofrimento e angústia.

Mas concordo contigo.
Felizes são os que descançam em Deus, e encontram nEle o seu propósito. A vida é uma jornada, mais curta do que imaginamos.

Um dia precisamos voltar de onde viemos: Deus!

Mas ainda bem que:

www.deusestanocontroledetodasascoisas.com.br