8 de ago. de 2012

Sair de casa...

Não pensei que seria assim. Não imaginava que doeria tanto, mas fechar a porta de meu quarto vazio, num ato de 'adeus', e abraçar minha família, realmente me deixaram baqueado.


Sair de casa doeu muito. Mesmo com toda a expectativa da nova vida e do novo trabalho, com toda a segurança de alguém que já dorme separado da casa principal, mesmo com tudo isso, deixar o seio de meus pais foi algo muito penoso.

E arrumar as coisas? Cadê ânimo pra isso? Muito difícil, além do esperado.

Nunca pensei que teria que ser forte o suficiente pra segurar as lágrimas neste momento. Nunca pensei que teria que ser tão bom ator pra esconder aquelas que rolaram durante a viagem, quando percorria a rodovia que me levaria para longe. Os óculos de sol me ajudaram muito, mas não sei se pude enganar alguém. A mim mesmo não pude enganar: eu estava arrasado por dentro, aflito, machucado.

Deixar Maringá, lugar onde vivi por toda a minha vida, foi uma das tarefas mais difíceis pra mim. só não foi pior porque não tive medo disso. Deixei os receios para a véspera, e para o dia da partida. Querendo ou não, a tristeza disso tudo sempre esteve ali, em mim, e nestes dias, ela eclodiu, transformando-se em complexas lágrimas, que uniam a dor à esperança. 

Choro contido na viagem, mas incontido no novo lar, na solidão de quem agora assumira o ônus da independência.  Eu realmente amo muito minha família, meus amigos, minha cidade, e me dói pensar que minha mãe e familiares estão sofrendo longe de mim. Mas creio que isso é o melhor, neste momento.... E que vai valer a pena...

=/

Loanda, meu novo lar temporário.


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