13 de nov. de 2008

ROUBARAM MEU CARRO!

Daí a gente se pergunta o que leva uma pessoa a tirar a vida de alguém, tirar o patrimônio de alguém, ou simplesmente acabar com sua honra. Então a gente se lembra de todos aqueles assuntos estudados em sociologia, filosofia, ciência política e ciências afins, de como a natureza humana se comporta perante o meio social. Na verdade, tudo isso culmina na criminologia, que, desde os estudos de Lombroso, e até antes dele, tenta desvendar o caráter do delinqüente (autor do delito).

Falta de compaixão? Falta de amor próprio e alheio? Falta de Deus? Simplesmente "senvergonhice"?

O fato é que eles estão a solta. Prova disso tive ontem, por volta de meio-dia e meia, quando estava no centro com a família. Voltei ao meu carro, pra então ir embora.


ROUBARAM MEU CARRO!


O fato é que ele desapareceu. Sem deixar pistas. Eles são bons, dificilmente deixam pistas. Achei que minha mãe teria um ataque.

Na verdade, a ficha ainda não caiu. Na hora, principalmente, a gente não quer acreditar. Dei várias voltas no local para ter certeza de que ele realmente não estava lá: precisava ter certeza, mas não queria acreditar. E é então que a gente se sente a pior das criaturas. Um sentimento terrível de impotência toma conta do nosso ser; a gente simplesmente não sabe como agir perante tal injustiça. Dá vontade de gritar e, ao mesmo tempo, ficar calado e torcer pra que um buraco se abra no chão pra vc poder se esconder. É como se parte de vc tivesse sido furtada, e vc sente a mesma tristeza como se tivesse perdido um ente querido.

Por alguns instantes consegui compreender porque muitas pessoas que perdem todo seu patrimônio, como nos casos das crises de bolsas de valores, acabam se suicidando. Sentimento de impotência, de fragilidade, de inferioridade.

É difícil, mas ainda pode acontecer o melhor. Eu tenho que crer.

Tudo que estava ao nosso alcance foi feito: desde o registro na PM, o Boletim de Ocorrência, e a divulgação na rádio. Confiar somente no Estado não é fácil. Nem sempre ele é eficiente como gostaríamos q fosse.

Pára o mundo que eu quero descer.

(ah, eu vou ficar bem... já tô até melhor...)

3 comentários:

juventude disse...

Perda, independente de bens de uso, bens materiais, bens móvel e imóveis, bens patrimoniais capitais, bens de sentido sensibilidade humana, bens na condição apenas de beneficíos, digo, sumprimentos necessários para que o ser humano se sinta um pouco valoroso, útil, significante, apto, feliz ou alegre tanto faz...

No que realmente acredita ?

Wesllão F. S. Nogueira disse...

Achei esse comentário muito estranho, complexo... me esforcei pra tentar entender.

Acredito que falta paz no mundo, falta compaixão....

Os bens são sim, para muitos, futilidades. Mas o fato é que precisamos deles pra viver. Tudo tem uma importância em nossas vidas. Dependemos dos utensílios para sobreviver, se é que me entende...

Ora, o que seria de um pescador em alto mar sem seu equipamento de pesca? o que seria de um músico sem seu instrumento?

Antes de darmos um tom metafísico pro assunto, antes de adaptarmos sentimentalismo aos bens, devemos levar em consideração que, independente da visão que temos deles, eles são sim muito úteis. Qualquer perda faz falta. Principalmente qdo vc trabalha duro para ter aquilo e então vem alguém e, num ato de injustiça, o subtrai.

Anônimo disse...

foda..eu to velho e aind ame sinto daquele jeito que escrevi..tenho 25 anos..mas aquela questão..sempre me vem... e tal..bom..obrigaod pelo comentário..e bao sorte..tomara que recupere sue carro..té mais